Corrente de comércio chega a US$ 16,74 bilhões até a segunda semana do mês, com alta de 25,8%

A corrente de comércio brasileira alcançou US$ 16,74 bilhões até a segunda semana de dezembro, aumentando 25,8% na comparação com a média diária de dezembro de 2019, conforme os dados da balança comercial divulgados nesta segunda-feira (14/12) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia. O resultado foi impulsionado pelas importações, que cresceram 65,9% e totalizaram US$ 8,93 bilhões, enquanto as exportações recuaram 1,5% e somaram US$ 7,81 bilhões. Assim, a balança comercial registrou déficit de US$ 1,12 bilhão, com queda de 144% na mesma comparação.

No acumulado de janeiro até a segunda semana de dezembro, em relação ao ano de 2019, as exportações caíram 5,9% e somaram US$ 199,36 bilhões. As importações diminuíram 10,4% e totalizaram US$ 149,45 bilhões. Como consequência desses resultados, a balança comercial apresentou superávit de US$ 49,92 bilhões, com crescimento de 10,5%, e a corrente de comércio baixou 7,9%, atingindo US$ 348,81 bilhões.

O crescimento das importações até a segunda semana de dezembro foi puxado pela alta de 80,9% nas vendas da Indústria de Transformação, que alcançaram US$ 8,60 bilhões. De outro lado, houve queda de 15,2% em Agropecuária, que somou US$ 0,15 bilhões, e de 70,3% na Indústria Extrativa, com US$ 0,13 bilhão.

Entre os produtos de Agropecuária, os destaques em importação foram arroz com casca, paddy ou em bruto (+665,1%), cacau em bruto ou torrado (+210.054%) e soja (+522,1%). Na Indústria Extrativa, houve altas nas compras de fertilizantes brutos, exceto adubos (+58,4%), minérios de cobre e seus concentrados (+26,4%) e minérios de alumínio e seus concentrados (+131,1%). Já na Indústria de Transformação, as principais altas foram de obras de ferro ou aço e outros artigos de metais comuns (+86,4%), torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes para canalizações, caldeiras, reservatórios, cubas e outros recipientes (+66,3%) e plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (+18.054,7%).

Apesar do crescimento no total das importações, a Secex registrou diminuição nas compras externas de trigo e centeio não moídos (-59,3%), cevada não moída (-49,4%) e produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (-36,3%), na Agropecuária.

Na Indústria Extrativa, diminuíram as compras de outros minérios e concentrados dos metais de base (-40,3%), carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-36,4%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-87,3%). Já na Indústria de Transformação, caíram as importações de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (-21,3%), motores e máquinas não elétricos e suas partes, exceto motores de pistão e geradores (-95,9%) e veículos automóveis de passageiros (-71,4%).

Exportações

Do lado das exportações, o recuo até a segunda semana de dezembro foi influenciado pelas quedas de 15,6% nas vendas de Agropecuária, que somaram US$ 1,08 bilhão, e de 4,2% na Indústria Extrativa, com US$ 2,04 bilhões. Já na Indústria de Transformação, houve alta de 3,8%, chegando a US$ 4,66 bilhões.

A retração das exportações foi puxada, principalmente, pela queda nas vendas de animais vivos, não incluindo pescados ou crustáceos (-76,2%), arroz com casca, paddy ou em bruto (-99,8%) e soja (-90,3%) na Agropecuária; minérios de cobre e seus concentrados (-14,8%), minérios de alumínio e seus concentrados (-65,5%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos crus (-44,4%) na Indústria Extrativa; farelos de soja e outros alimentos para animais, excluídos cereais não moídos, farinhas de carnes e outros animais (-28,9%), celulose (-30,1%) e aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (-41,2%) na Indústria de Transformação.

Por sua vez, houve aumento nas vendas de milho não moído, exceto milho doce (+43,6%), café não torrado (+33,6%) e algodão em bruto (+27,2%) na Agropecuária; outros minerais em bruto (+23,1%), minério de ferro e seus concentrados (+80,1%) e minérios de níquel e seus concentrados (+126.996.611%) na Indústria Extrativa; açúcares e melaços (+156,7%), alumina (óxido de alumínio), exceto corindo artificial (+74%) e óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (+90,0%) na Indústria de Transformação.

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