Toyota reduz expectativa e espera crescer 25% este ano

Meta anterior era de 38%; em compensação, resultado de 2020 foi melhor que o esperado, com quase 135 mil carros vendidos

A Toyota vendeu 134.892 veículos no Brasil em 2020, superando por pequena margem a estimativa feita em novembro do ano passado, que era de 130 mil unidades. Ou seja, a queda em relação ao resultado de 2019 foi um pouco menor, de 37,2% do que a prevista anteriormente (-39%)

“Os desafios de 2020, talvez os maiores de nossa história e da indústria, nos ensinaram que precisamos buscar cada vez mais a competitividade e a sustentabilidade. Levamos desse ano histórias de superação entre colaboradores, concessionários, fornecedores e toda a cadeia. Juntos, tivemos de nos reinventar no curto prazo”, declarou Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil.

De acordo com a fabricante, dois modelos apresentaram desempenho de vendas que merece destaque, o seedã médio Corolla, com 40.158 unidades comercializadas, e a picape média Hilux, líder do segmento com 32.395 emplacamentos em 2020. Yaris, Etios, RAV4 e Camry totalizaram 62 mil licenciamentos.

CRESCIMENTO MENOR E NOVO MODELO EM BREVE

Sem explicar o motivo, a Toyota ajustou para baixo sua projeção de vendas para este ano. Embora siga apostando em crescimento, agora a estimativa é de avançar 25% em relação a 2020, o que vai representar quase 170 mil veículos comercializados – antes a empresa planejava crescer 38%, para 180 mil unidades. A empresa aposta em um novo modelo para alavancar seu desempenho, seu primeiro SUV nacional a ser produzido em breve em Sorocaba (SP).

“Estamos prestes a finalizar o último ciclo de investimentos de R$ 1 bilhão na fábrica de Sorocaba para a chegada de um novo modelo; um produto desenvolvido para os consumidores brasileiros e latino-americanos, um projeto pensado, desde a concepção, nas necessidades e desejos desses consumidores”, afirmou Rafael Chang, referindo-se ao que todos esperam que seja o Corolla Cross, um SUV criado sobre a plataforma do sedã e que foi lançado há pouco tempo no exterior.

O executivo também lembrou a necessidade de aumentar a competitividade da indústria automotiva nacional (aspecto sempre apontado pela Anfavea). “Uma agenda de competitividade se faz mais do que necessária neste momento, pois em curto e médio prazos ela possibilitará atrair novos investimentos, gerar mais empregos e renda, tão necessários ao desenvolvimento do País”, disse. “Recentemente, vimos importantes empresas do nosso setor deixarem de produzir no Brasil (Ford e Mercedes-Benz). Nós reafirmamos nosso compromisso com o País, mas precisamos de condições, inclusive tributárias, mais equilibradas e justas. Estamos sempre abertos ao diálogo, prontos para compartilhar valor e soluções em conjunto em todas as esferas”, finalizou.

Com assessoria