A parceria formada por 15 nações deve cobrir quase um terço da economia, comércio e população do mundo. A expectativa é que o acordo entre em vigor no início de 2022.
O parlamento do Japão aprovou no dia 28 de abril a adesão do país ao maior acordo de livre comércio do mundo, a Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP, na sigla em inglês), escreve o South China Morning Post.
O ingresso japonês no acordo foi chancelado pelas duas câmaras (alta e baixa) de parlamentares do Japão um dia depois que a China emitiu um novo apelo para a ratificação do tratado, que servirá para alavancar a economia na região Ásia-Pacífico.
O RCEP, que é apoiado e idealizado pela China, foi assinado em novembro do ano passado, e incluía os dez membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), além da China, Japão, Coréia do Sul, Austrália e Nova Zelândia.
Ao eliminar as tarifas sobre 91% dos bens, o RCEP criará uma zona de livre comércio cobrindo quase um terço da economia, comércio e população mundial.
O tratado é visto como uma alternativa apoiada pela China ao Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica (CPTPP, na sigla em inglês), e apontado como o maior acordo de livre comércio do mundo. Ele visa reduzir progressivamente as tarifas e derrubar barreiras protecionistas, assim como aumentar o investimento e permitir a circulação mais livre de mercadorias na região.
Também será o primeiro acordo desse tipo envolvendo China, Japão e Coréia do Sul, e ocorrerá no momento em que os três países lutam para negociar um tratado de livre comércio trilateral.
O Japão é a segunda maior economia regional fora da ASEAN a dar seu apoio formal ao RCEP. A China ratificou o pacto em março. Na ocasião, o Ministério do Comércio chinês disse que todos os membros do RCEP planejavam aprovar o negócio até o final do ano para sua execução a partir de 2022.
O governo do Japão projetou, ainda em março, nas tentativas de convencer os parlamentares indecisos, que esperava que o acordo comercial aumentasse o PIB do país em 2,7%, e criasse 570 mil empregos.
Leia a reportagem completa no site: br.sputniknews.com/asia_oceania
Foto ilustrativa: reprodução da AEN-PR. Por José Fernando Ogura