Cafés do Brasil exportam 19,6 milhões de sacas e geram US$ 2,6 bilhões de receita cambial

As exportações dos Cafés do Brasil no primeiro semestre do ano civil em curso totalizaram o equivalente em volume físico a 19,6 milhões de sacas de 60kg, com preço médio de US$ 130,76 a unidade e receita cambial de US$ 2,6 bilhões. Desse volume, 15,5 milhões de sacas foram de cafés da espécie arábica, o que corresponde a 79% do total vendido ao exterior; 2,1 milhões de sacas foram da espécie de café robusta, que equivalem a 10,8%; e, ainda, o equivalente a 2,0 milhões de sacas de café solúvel, que correspondem a 10%.

Nestes seis meses, ora em destaque, das exportações dos cafés brasileiros, se for estabelecido um ranking dos dez países que mais importaram o produto, constata-se que os Estados Unidos se mantiveram na primeira posição de maior importador dos Cafés do Brasil, com 3,7 milhões de sacas adquiridas, volume que representa 19% do total das exportações brasileiras no período. Em segunda posição destaca-se a Alemanha, com 3,4 milhões de sacas, soma que corresponde a 17,1%, seguida pela Itália, terceira colocada, com 1,7 milhão de sacas, que equivalem a 8,6% de participação em tais exportações.

Fonte: Embrapa Café

Dunlop amplia fornecimento para FCA e Strada Volcano

A Sumitomo Rubber do Brasil, fabricante dos pneus Dunlop, anunciou a ampliação de fornecimento para o grupo FCA. A marca passou a “calçar” as unidades topo de linha da nova picape Fiat Strada, na versão Volcano. O novo contrato reforça a parceria entre as duas empresas, que vem desde 2016, quando outros automóveis da Fiat no Brasil, como Mobi, Uno e Argo passaram a ser equipados de fábrica com pneus Dunlop.

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Novo decreto aumenta redução e suspensão de contratos para quatro meses

Um novo decreto, publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira (14) amplia a redução de jornada e salário e a suspensão de contratos previstos na Lei 14.020. O prazo é de quatro meses.

A Lei sancionada no último dia 06 de julho previa a suspensão dos contratos de trabalho por até dois meses e a redução da jornada e de salários variando de 25% a até 70% por um período não superior a três meses.

Porém, com a publicação do decreto nesta terça, fica permitida a redução da jornada e do salário por mais 30 dias, chegando a quatro meses. O mesmo vale para a suspensão de contrato de trabalho. O período que não poderia ser superior a 60 dias, dobrou e pode chegar aos mesmos quatro meses, ou 120 dias.

Mas para essa modalidade pode haver o fracionamento do prazo, em períodos sucessivos ou intercalados, desde que sejam iguais ou superiores a 10 dias e que não seja ultrapassem os 120 dias.

O trabalhador que tiver o contrato de trabalho suspenso ou salário reduzido, terá direito ao Benefício Emergencial, o BEm, pelo mesmo período. Além disso, há a estabilidade do trabalhador pelo mesmo período que o acordo for assinado após a finalizado.

O decreto também aumenta o benefício para empregados com contrato de trabalho intermitente, quando o empregador pode contratar funcionários e convocá-los apenas nos períodos em que seus negócios apresentam maior demanda em suas atividades. Os funcionários terão direito ao valor de R$ 600 pelo período complementar de um mês, que passa a contar da data de encerramento do período de três meses.

Confira a íntegra do decreto aqui!

Com alta de 24,5%, exportações do agro batem recorde e ultrapassam US$ 10 bilhões

Inédito
De acordo com o Boletim da Balança do Agronegócio, divulgado na sexta-feira (10/07) pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SCRI-Mapa), em nenhum ano da série histórica (1997-2020) as exportações do agronegócio ultrapassaram US$ 10 bilhões para meses de junho.

Soja
O principal setor responsável pelo crescimento das exportações foi o complexo soja. As vendas externas do setor subiram de US$ 3,53 bilhões em junho de 2019 para US$ 5,42 bilhões em junho de 2020, o que representa uma alta de 53,4% ou quase US$ 1,9 bilhão de crescimento em valores absolutos. Para efeito de comparação, as exportações do agronegócio cresceram US$ 2,0 bilhões comparando-se junho de 2019 e junho de 2020.

Influência
A exportação de soja em grãos (13,8 milhões de toneladas) teve grande influência nestes valores, alcançando US$ 4,67 bilhões em junho de 2020, com expansão do quantumem 5,2 milhões de toneladas na comparação dos meses de junho de 2020 e 2019. A SCRI também ressalta a retomada das exportações de açúcar, que subiram quase 1,5 milhão de toneladas relativo aos dois períodos.

Participação
O agronegócio brasileiro aumentou a sua participação nas exportações brasileiras de 44,4% (junho-2019) para 56,8% no mês pesquisado. Por sua vez, as importações do agronegócio diminuíram de US$ 984,55 milhões (junho 2019) para US$ 826,28 milhões em junho de 2020 (-16,1%). Desta forma, o saldo da balança atingiu US$ 9,3 bilhões.

Carnes
As vendas externas de carnes foram de US$ 1,41 bilhão (4,5%). O volume exportado de carnes foi recorde para os meses de junho (626,5 mil toneladas). A carne bovina representou mais da metade do valor exportado de carnes, com registros de US$ 742,56 milhões. Tanto o valor mencionado como o volume (176,6 mil toneladas) foram recordes para os meses de junho.

Suínos
A carne suína também apresentou valor e volume recorde em vendas externas para o mês de junho. As exportações foram de US$ 196,86 milhões, com volume de 95 mil toneladas. Já as exportações de carne de frango foram de US$ 438,23 milhões (-32,1%), com queda de 13,6% no volume exportado e redução de 21,4% no preço médio de exportação.

Álcool e açúcar
O complexo sucroalcooleiro foi o setor que teve o maior aumento percentual das exportações dentre os principais setores exportadores do agronegócio brasileiro, elevando-se 74,5% na comparação entre junho de 2019 e junho de 2020, passando de US$ 536,12 milhões para US$ 935,37 milhões.

Maior parte
As exportações de açúcar de cana representaram a maior parte do valor exportado pelo setor, com US$ 810,80 milhões (+80,4%) e quase 3 milhões de toneladas exportadas (+94,8%).

Elevação
O álcool também registrou elevação nas vendas externas, subindo de US$ 85,83 milhões (junho de 2019) para US$ 122,71 milhões exportados em junho deste ano.

Quebra de safras
De acordo com a SCRI, o crescimento das exportações brasileiras de cana de açúcar está vinculado à quebra das safras de cana de açúcar 2019/2020 na Índia e na Tailândia, que possibilitou a ampliação das exportações para diversos mercados. A Indonésia é um mercado que não importou nada de açúcar brasileiro em junho de 2019 e adquiriu US$ 86,78 milhões no mês passado.

Fonte: Mapa

Mercado de fertilizantes: momento é favorável para compra de insumos

O agronegócio brasileiro tem se adaptado e se mostrado bastante promissor, mesmo em um cenário de incertezas econômicas. No primeiro semestre de 2020, foi o único setor que apresentou crescimento no Produto Interno Bruto (PIB), com um aumento de 3,3% comparado ao mesmo período do ano passado.

A venda de commodities também está favorável, o que torna o momento bastante atrativo para a compra de fertilizantes voltada para a safra 2020/2021. A cadeia logística não sofreu impactos significativos e os insumos estão com os menores preços históricos em dólar, o que resultou em uma relação de troca de grãos interessante para o produtor rural. Além disso, os preços de fertilizantes estão apresentando uma inversão de curva com recuperação de 12% em média, considerando as últimas seis semanas.

Vale ressaltar que a agricultura ocupa apenas 25% da terra arável do Brasil e a pecuária, cerca de 45%, sendo assim o país tem grande potencial de crescer de forma sustentável,  impulsionado pelo aumento de produtividade e sem interferir na área de floresta nativa, através de investimentos em insumos como fertilizantes de qualidade.

@grassi_m com assessoria

Foto: @SAFRASMERCADO