Empresas japonesa e chinesa vão pesquisar veículos movidos com novas energias e aprimorar tecnologias em conjunto
O Corolla Cross, novo SUV médio-compacto da Toyota, foi apresentado na quinta-feira, 9, na Tailândia, mas será um modelo global e o primeiro utilitário esportivo da marca a ser produzido no Brasil. Com porte médio e compartilhando diversos componentes com o sedã médio – é construído sobre a mesma plataforma TNGA introduzida na nova geração do Corolla brasileiro no ano passado –, o SUV conhecido pelo código 740B deverá ser produzido em 2021 na fábrica da montadora em Sorocaba (SP), que vem sendo preparada desde 2019 com investimentos de R$ 1 bilhão para receber o novo modelo em suas linhas.
Como Motor1.com revelou em primeira mão em abril, quando o novo SUV foi avistado pela primeira vez em testes na Ásia, a Toyota decidiu investir primeiro em um utilitário esportivo médio para o mercado brasileiro, mais acessível do que o RAV4 e mais rentável do que seria um modelo mais compacto, reservando o projeto de um SUV menor para um segundo momento.
O Toyota Corolla Cross tem dimensões médias para competir com Jeep Compass
Com suas dimensões, o Corolla Cross ficará posicionado para enfrentar no Brasil o Jeep Compass, Chevrolet Equinox e Peugeot 3008, além de futuras ofertas neste segmento, como o Ford Territory e o Volkswagen Tarek. Especificamente no modelo asiático, o novo SUV Toyota mede 4,46 m de comprimento, 1,825 m de largura e 1,615 m de altura, entre-eixos de 2,640 m. Já a altura em relação ao solo será de 161 milímetros.
O visual surpreendeu quem esperava por uma versão reduzida do RAV4. Embora tenha algumas linhas que lembrem o irmão maior, o Corolla Cross se apresenta com um estilo próprio. Na frente a grade segue o formato presente em outros modelos da marca, mas tem desenho inédito. Na traseira, as lanternas horizontais invadem bastante a tampa do porta-malas, mas possuem desenho mais moderno que lembra um pouco o novo Ford Escape, também futuro rival do SUV japonês por aqui.
O Corolla Cross tem painel parecido com o do irão sedã
O interior, como antecipado, aproveita muitos componentes e até mesmo o design do acabamento do Corolla. Embora o painel seja mais elevado, traz as mesmas linhas gerais, inclusive na parte superior com o mesmo desenho linear que se integra às saídas de ar nas extremidades. Os comandos do ar-condicionado, central multimídia, volante e painel de instrumentos também são os mesmos. A diferença está no console central, com uma área maior para objetos, e o revestimento em tom marrom em boa parte da cabine e bancos.
A Toyota também destaca o amplo espaço interno. Em relação ao porta-malas, a capacidade declarada pela montadora é de 487 litros sem o uso do estepe e de 440 litros ao transportar o pneu sobressalente temporário.
O Corolla Cross tem amplo espaço interno e porta-malas de 440 litros
O conjunto mecânico do novo Corolla Cross também não é segredo. Seguirá a mesma receita do sedã, adotando os mesmos motores usados pelo Corolla em cada mercado. Ou seja, alguns países da Ásia terão o 1.8 híbrido de 122 cv, enquanto a opção não-eletrificada pode ser o 1.8 aspirado de 142 cv (como na Tailândia). No Brasil, deve ser equipado com o mesmo conjunto 1.8 híbrido flex quanto o 2.0 aspirado de 177 cv, sempre com câmbio CVT e tração dianteira.
Segundo fontes ligadas à Toyota, é possível que no Brasil o novo Corolla Cross tenha uma construção ainda mais próxima ao Corolla, inclusive com o mesmo entre-eixos de 2.700 mm – ou seja, ligeiramente mais longo do que o irmão tailandês. Outra diferença técnica importante para a versão brasileira deve estar na suspensão com a adoção do sistema multilink na traseira, pois na Tailândia a marca optou pelo eixo de torção. Por outro lado, assim como o Corolla, deve ter o freio de estacionamento manual em contraponto ao sistema elétrico do tailandês.
O novo Corolla Cross começa ser vendido já no segundo semestre na Tailândia e alguns mercados da Ásia. No Brasil, a montadora trabalha para que o planejamento industrial não seja impactado pela pandemia e assim inicie a sua produção em 2021.
Com assessoria
O volume de financiamento de veículos recuou 33% no primeiro semestre na comparação com mesmo período do ano passado. Dados da B3 (antiga Ceitp) divulgados na sexta-feira, 10, apontam que foram 465,4 mil veículos comprados a prazo no período contra os 694,7 mil de um ano atrás. Os números consideram a soma de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou o resultado das indenizações pagas pelas seguradoras para os produtores rurais que participaram do PSR em 2019. Das 95 mil apólices contratadas com o apoio do governo no ano passado, cerca de 9 mil foram acionadas e tiveram indenizações pagas, que totalizaram R$ 341 milhões, as lavouras mais afetadas foram as de milho 2ª safra, soja, trigo, uva e maçã. No caso do milho 2ª safra, 2.639 apólices foram sinistradas, principalmente pela seca, o que resultou em R$ 102 milhões (30%) em indenizações pagas aos produtores.
Objetivo – “Apoiar a transferência do risco da atividade no campo para as seguradoras é um dos objetivos do PSR, pois em caso de perdas ocasionadas por riscos cobertos na apólice, o produtor será indenizado e conseguirá pagar os compromissos assumidos na safra, evitando assim o comprometimento da sua capacidade financeira”, ressaltou o Secretário de Política Agrícola do Mapa, César Halum.
Eventos – Além da seca, que provocou indenizações de R$ 168,2 milhões no total, os principais eventos que motivaram os pagamentos para os produtores foram a geada (R$ 73,6 milhões), granizo (R$ 59,7 milhões) e a chuva excessiva (R$ 23,4 milhões). O Diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Mapa, Pedro Loyola, explica que o valor de R$ 341 milhões reflete apenas parte do total pago pelas seguradoras em 2019 e que metade das apólices contratadas no Brasil não tiveram acesso ao PSR naquele ano.
2019 – “Em 2019, as seguradoras pagaram R$ 1,9 bilhão em indenizações, porém parte dessas apólices não foram subvencionadas. Neste ano, devemos disponibilizar o orçamento de R$ 955 milhões para subvencionar a contratação das apólices, esperamos com isso atender quase toda a demanda por seguro”, explica.
Registro – O registro dos dados do mercado de seguros é realizado pela Superintendência de Seguro Privados (Susep) e difere do efetuado no PSR. Enquanto na Susep os dados de sinistros refletem os valores pagos em determinado período, independente do ano de emissão da apólice, no caso do PSR os valores são consolidados considerando o ano de emissão da apólice, independente de quando o pagamento foi realizado.
Valor total – Em 2019, o valor total segurado com o incentivo do PSR foi de R$ 20 bilhões, o maior desde o início do programa em 2006, para 2020 a estimativa é que esse valor alcance R$ 43 bilhões. De acordo com Loyola, esse montante reforça a importância do PSR no desenvolvimento do mercado de seguro rural no país e o consolida com uma das principais políticas agrícolas no momento. “Por meio do seguro rural é possível proteger a atividade agrícola contra diversos riscos, principalmente os climáticos, ao mesmo tempo em que resguardamos o governo de eventuais riscos fiscais, na medida em que reduzimos a necessidade de refinanciamentos no crédito rural”, diz o diretor.
Dados completos – Os dados completos de indenizações estão disponíveis no site do Mapa.
Clima – O clima é o principal fator de risco para a produção rural. Ao contratar uma apólice de seguro rural o produtor pode minimizar suas perdas ao recuperar o capital investido na sua lavoura. Desde o ano de 2006, o governo federal, por meio do PSR, auxilia o produtor na aquisição do seguro rural, pagando parte do valor da apólice (prêmio).
Contratação – O produtor que tiver interesse em contratar o seguro rural deve procurar um corretor ou uma instituição financeira que comercialize apólice de seguro rural. Atualmente 14 seguradoras estão habilitadas para operar no PSR. A subvenção econômica concedida pelo Ministério da Agricultura pode ser pleiteada por qualquer pessoa física ou jurídica que cultive ou produza espécies contempladas pelo Programa.
Grãos em geral – Para os grãos em geral, o percentual de subvenção ao prêmio pode variar entre 20% e 40%, a depender da cultura e tipo de cobertura contratada. No caso das frutas, olerícolas, cana-de-açúcar e demais modalidades (florestas, pecuário e aquícola) o percentual de subvenção ao prêmio será fixo em 40%.
Mais informações – Para mais informações sobre o PSR, faça o download do aplicativo. Basta acessar Android e para IOS. (Mapa)
O objetivo da reunião foi discutir possíveis parcerias entre o setor cooperativista paranaense com o Japão
O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, participou, na manhã desta sexta-feira, dia 10 de julho, de videoconferência com o cônsul-geral do Japão, Takagi Masahiro, e com o diretor de Planejamento Governamental, da Secretaria Estadual do Planejamento e Projetos Estruturantes, Guilherme Lorenzi.
Durante o encontro, foi realizada uma apresentação sobre a Jica, que é a agência do governo japonês responsável pela implementação da assistência oficial para o ODA – Assistência Oficial para o Desenvolvimento, que apoia o crescimento e a estabilidade socioeconômica dos países em desenvolvimento, com o objetivo de contribuir para a construção da paz e o desenvolvimento da sociedade internacional. Representando a Jica, Sato Hiroshi salientou que a sede é em Tóquio, no Japão, possui 15 escritórios e mais 103 em vários países. Ainda de acordo com ele, a agência é responsável pela implementação da Cooperação Técnica, Empréstimo ODA e Cooperação Financeira Não Reembolsável. “No Brasil, atua também no apoio às comunidades nikkeis e em projeto comunitários”. Entre a missão da Jica, está “a busca um mundo livre, pacífico e próspero, em que as pessoas possam acreditar em um futuro brilhante com diversas possibilidades e que, juntamente com os seus parceiros, possam unir o mundo com laços de confiança”.
Parcerias
Ricken falou das diversas parcerias que já foram realizadas ao longo da história. “O Japão é um país que compra muito nossos produtos e estamos dispostos a fortalecer ainda mais essas parcerias. Temos hoje um ambiente propício para essas relações. Nosso principal interlocutor com o governo japonês é o deputado federal pelo Paraná, Luiz Nishimori, e estamos à disposição para futuros contatos”, frisou. O cônsul do Japão, Takagi Masahiro, encerrou o encontro agradecendo a todos e salientou que “oportunamente vamos nos reunir novamente para darmos continuidade e essas parcerias”.
Participações
Participaram da reunião virtual, a assessora da Jica, Eri Taniguchi, e, ainda, Kumiko Abe, Kazuu Wakaeda, Nelson Costa, superintendente da Fecoopar, Leonardo Boesche, superintendente do Sescoop/PR, Flávio Turra, gerente de Desenvolvimento Técnico e o analista da área, Maiko Zanella.
@grassi_m com Ocepar
A Fomento Paraná fechou o mês de junho com R$ 119 milhões em valores contratados em 13,7 mil operações de crédito para apoiar empreendedores desde janeiro. A maior parte das operações é da linha Paraná Recupera, lançada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior em um pacote de medidas apresentado no dia 27 de março para combater efeitos da pandemia de Covid-19 na economia paranaense.
O número é mais que o dobro dos 5.640 contratos firmados em todo o ano de 2019, que somou R$ 98,1 milhões, com recorde de operações de microcrédito.
E de acordo com o Ranking das Instituições Credenciadas da Área de Operações e Canais Digitais do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a Fomento Paraná ficou em 29º lugar entre as instituições que liberaram crédito com recursos do BNDES nesses seis meses.
Entre as agências de fomento, as contratações paranaenses são superadas apenas pela Desenvolve SP, com 571 e 799 operações aprovadas, respectivamente. “Tem sido um período muito desafiador. Esses números demonstram que estamos cumprindo o objetivo colocado pelo governador, de apoiar os pequenos negócios com recursos para pagamento de salários e manutenção de empregos, mas queremos mais. Ainda há muitas propostas a serem processadas”, afirma o gerente de Operações do Setor Privado da Fomento Paraná, Oscar Roberto Burzynski.
A ação da Fomento Paraná em parceria com as prefeituras, associações comerciais, sindicatos e federações, com agentes de crédito, correspondentes e Sociedades Garantidoras de Crédito, está sendo fundamental nesse período. “No início da pandemia muitas instituições financeiras, como bancos e fintechs, se recolheram e mesmo as soluções de crédito lançadas pelo governo federal demoraram a ficar disponíveis. Nós conseguimos acionar nossos parceiros em mais de 270 municípios e colocar recursos no caixa de milhares de empreendimentos, para dar um fôlego a esses negócios”, destaca o gerente.
O apoio dos parceiros tem sido fundamental para o atendimento das solicitações de crédito, que somam mais de 40 mil propostas recebidas no período.
Somente na linha Paraná Recupera já são 11,4 mil operações concedidas até 30 de junho e outras 2.400 em fase de contratação. Os créditos dessa linha são de R$ 1.500 a R$ 6.000 e são liberados em três parcelas, podendo ser pagos em até 36 meses, com até 12 meses de carência.
Com mais de R$ 4,5 milhões em créditos já liberados, Apucarana é um dos destaques da parceria entre a Fomento Paraná com os municípios. “Fizemos um trabalho muito bom e a parceria da Fomento Paraná foi excelente, porque estamos colocando um bom volume de dinheiro para rodar na economia”, afirma Edison Estrope, secretário de Indústria e Comércio de Apucarana.
A cidade responde por cerca de 25% da produção de vestuário no Estado e grande parte feita por micro e pequenas empresas. Para cadastrar as mais de 1.500 solicitações recebidas a prefeitura reforçou a equipe de servidores.
O mesmo ocorreu em Cianorte, no noroeste do Estado. “Nos primeiros dias o volume de trabalho era tanto que a gente fechava as portas às 17h e ainda ia trabalhando até 2 horas da manhã, e não tinha folga nem nos fins de semana”, conta a agente de crédito do Banco do Empreendedor, Sandra faria da Costa. “Eram centenas de mensagens no whatsapp e a gente procurou zerar as mensagens todos os dias, porque na cada dia chegavam mais.
Além do crédito novo, que teve a liberação dividida em três parcelas, a instituição também ofereceu aos clientes a possibilidade de suspender o pagamento e renegociar contratos, de forma a alongar os prazos e reduzir as parcelas.
“O volume de contratos de financiamentos renegociados, que soma mais de 2.600 operações, também representa dinheiro que estamos deixando de receber dos empreendedores e que está circulando na economia”, explica João Carlos Mineo, gerente de Recuperação de Créditos da instituição. “Essa possibilidade continua em aberto para todos aqueles que possuem financiamentos em andamento com a Fomento Paraná. Adotamos inclusive o aplicativo de mensagens Whatsapp (41 99938-9215) para atender aos clientes que desejam renegociar os contratos”.
Com AEN
O presidente do Banco do Japão (BOJ, o banco central do país), Haruhiko Kuroda, disse nesta quinta-feira que a economia continuará em um estado severo, mas melhorará adiante à medida que o impacto da pandemia de coronavírus diminuir.
“Espera-se que a economia do Japão melhore à medida que o impacto da pandemia diminui, apoiada pela demanda reprimida… por um ambiente monetário acomodatício e pelo pacote de estímulo do governo”, disse Kuroda em discurso durante reunião trimestral entre chefes de unidades regionais do banco central.
As vendas no comércio brasileiro avançaram 13,9% em maio após queda recorde em abril, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (8).
As taxas de consumo despencaram durante o mês de maio, o maior declínio já registrado devido à pandemia de coronavírus, que forçou muitas pessoas a ficarem em casa durante aquele período.
A produção de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus no Brasil em junho subiu 129,1% em relação ao mês anterior, para 98,7 mil unidades, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pela associação que representa montadoras instaladas no país, Anfavea. Na comparação com junho 2019, por sua vez, houve declínio de 57,7%.
As vendas de veículos tiveram alta mensal de 113,6%, para 132,8 mil unidades. Ante o mesmo período do ano passado, houve queda 40,5%.
Ainda de acordo com os dados da Anfavea, as exportações de veículos no mês passado somaram 19,4 mil unidades, salto de 401,4% ante maio, mas recuo de 52% ano a ano.
Fonte: Reuters
A venda no mercado interno de máquinas agrícolas e rodoviárias cresceu 0,9% em junho ante maio, com 3,9 mil unidades, informou nesta segunda-feira, 6, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O volume, se comparado a junho do ano passado, representa queda de 9,6%.
De janeiro a junho, foram vendidas 19,6 mil unidades, baixa de 1,3% na comparação com a primeira metade do ano passado.
Cônsul-Geral do Japão em Curitiba, Masahiro Takagi, fará palestra por plataforma digital