Incerteza dificulta investimentos da Nissan no Brasil

Reflexo das incertezas eleitorais, de desdobramentos da greve dos caminhoneiros e de um cenário externo adverso, a piora do ambiente de negócios no Brasil tem atrapalhado as negociações da Nissan com a matriz no Japão em torno do plano de investimento a ser executado pela filial nos próximos cinco anos.

A empresa espera que o novo ciclo seja aprovado em um mês, mas o presidente da Nissan no Brasil, Marco Silva, reconhece que a realidade do País não ajuda na discussão. “Ontem mesmo recebi questionamentos DA MATRIZ sobre como está a situação por aqui.”

Apesar da dificuldade em atrair recursos, sobretudo após a montadora montadora quase R$ 3,5 bilhões desde que começou a construção da fábrica, inaugurada há quatro anos em Resende (RJ), Silva diz que não fez cortes na programação de investimento enviada ao Japão.

Inicialmente, a ideia era que essa definição saísse no fim de 2017. Silva conta que, quando fechou, entre fevereiro e março, o planejamento estratégico deste ano, já havia uma expectativa de que os resultados seriam afetados pela eleição, mas a greve dos caminhoneiros acentuou as incertezas no campo político.

Silva, que participou na segunda-feira, 25, em São Paulo, de seminário realizado pela publicação Autodata, diz que a prioridade agora é rever gastos e buscar ganhos de produtividade, colocando de lado planos de aumento de produção. “Chegamos a pensar em abrir o terceiro turno de produção, mas isso terá de esperar”.

por Mark Grassi com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

Chanceler do Japão nega possibilidade de cúpula com a Coreia do Norte

O Japão não está procurando oportunidades de diálogo direto com a Coreia do Norte depois de relatos de acordos sendo feitos para uma cúpula entre seus dois líderes neste ano, disse seu ministro das Relações Exteriores.

“Os contatos entre o Japão e a Coreia do Norte estão sendo feitos por vários canais. O diálogo do primeiro-ministro com a Coreia do Norte não é um objetivo em si. Uma cúpula deve ter como objetivo resolver um problema. No momento, não estamos considerando diálogo de alto-nível diplomático”, disse Taro Kono.

Na quarta-feira (13), a imprensa japonesa informou, citando fontes do governo, que uma cúpula entre o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe e o líder norte coreano, Kim Jong-un, poderá ocorrer em setembro nos durante o Fórum Econômico Oriental na cidade portuária de Vladivostok, na Rússia.

O ministro Kono também teria afirmado que só poderia normalizar as relações com os norte-coreanos e fornecer apoio econômico após uma solução ter sido alcançada em relação à questão nuclerar da Coreia do Norte. As declarações do ministro foram feitas nesta quinta-feira (14) após encontro com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e também com a chanceler da Coreia do Sul, Kang Kyung-wha.

por Mark Grassi
com informações da Ag Sputnik