Dólar sobe ante iene com visão sobre Fed

O dólar subiu ante o iene e a libra na sessão desta segunda-feira, 4, impulsionado pela percepção de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) deve seguir o ritmo de aperto monetário ao longo de 2018.

No final da tarde em Nova York, o dólar subia para 109,82 ienes, ao passo que a libra recuava para US$ 1,3316.

Os investidores de câmbio se concentraram em números recentes da economia americana. Na sexta-feira, o Departamento do Trabalho informou que foram criados 223 mil novos postos de trabalho em maio, acima das 190 mil projetadas por analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires.

Era esperada a manutenção da taxa de desemprego em 3,9%, mas ela caiu para 3,8%. O salário médio dos trabalhadores subiu 0,30% no mês passado ante abril, enquanto a previsão era de acréscimo de 0,20%.

Os números reforçam a percepção de aumento das taxas de juros ao longo deste ano nos EUA. A ferramenta do CME Group aponta para 93,8% de chance de elevação dos Fed funds em 0,25 ponto porcentual na próxima semana.

Ao mesmo tempo, os operadores citam ainda preocupações com o cenário global para a inflação, depois da reimposição de tarifas dos EUA contra as importações de aço e alumínio da União Europeia, do Canadá e do México.

Pela manhã, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar as barreiras comerciais da China e do Canadá.

“A China já cobra uma taxa de 16% sobre a soja. O Canadá tem todos os tipos de barreiras comerciais em nossos produtos agrícolas. Isso não é aceitável!”, disse Trump, acrescentando que “os EUA fizeram negócios tão ruins durante tantos anos que agora só nos resta ganhar!”.

por Mark Grassi
com informações da AE

 

 

CCIBJ-PR RECEBE LÍDERES DA SOCIEDADE ARABE BRASILEIRA E BENEFICIENTE

O presidente da CCIBJ-PR Sr. Y. Oshiro recebeu  no dia 17 de maio de 2018, acompanhando do Sr. Otavio Vidigal, visita do  Presidente da Sociedade Àrabe Brasileira Beneficiente, Sr. Moutih Ibrahin para tratar da possibilidade em desenvolver intercâmbio com o Japão através da Sucursal no Japão na Província de Nagoya e Nagano.

A Sociedade Àrabe é formada por 23 Países Àrabes: como a Siria, Líbano, Iraque, Jordânia, Arábia Saudita, Catar, Egito, Africa, Libia, Argelia, Tunísia, Libia, Dubai, e outros. Uma potência econômica em busca de soluções com intercâmbio para o seu desenvolvimento. Oshiro prontificou em servir para o desenvolvimento das relações comerciais com o Brasil e Japão.

Japão minimiza suspensão de cúpula entre Kim e Trump

O Japão afirmou que vai continuar trabalhando com os Estados Unidos e a Coreia do Sul para pressionar a Coreia do Norte depois que o presidente Donald Trump cancelou o encontro com o ditador norte-coreano, Kim Jong-un.

“O que é importante não é a realização de uma reunião de cúpula norte-americana, mas sim transformar essa reunião em uma oportunidade de progresso nas questões nucleares e de mísseis e, acima de tudo, na questão dos presos políticos”, disse um comunicado do Ministério das Relações Exteriores. O Japão exigiu o retorno de cidadãos que foram sequestrados pela Coreia do Norte nos anos 1970 e 1980.

“Continuaremos a colaborar estreitamente com os EUA e a Coreia do Sul para fazer a Coreia do Norte mudar suas políticas”, disse o comunicado.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, está atualmente na Rússia e deve falar sobre a questão da Coreia do Norte durante sua estada lá. Abe se encontrará com o presidente russo Vladimir Putin no sábado.

Por Mark Grassi com
informações da Dow Jones Newswires.

Iniesta jogará pelo Vissel Kobe

Iniesta confirmou nesta quarta-feira seu próximo destino. O experiente jogador de 34 anos anunciou a ida para o Japão, onde jogará pelo Vissel Kobe, atual sexto colocado do Campeonato Nacional.

Iniesta se tornou um dos símbolos da mais vitoriosa era do Barcelona. Pelo clube, conquistou nove títulos do Campeonato Espanhol, seis da Copa do Rei, sete da Supercopa da Espanha, quatro da Liga dos Campeões, três do Mundial de Clubes e três da Supercopa da Europa.

Desde que anunciou sua saída, Iniesta foi ligado ao futebol chinês ou ao japonês, e o nome do Vissel Kobe já aparecia como possível destino. A confirmação, porém, só aconteceu nesta quarta, quando ele publicou uma foto em suas redes sociais ao lado de Hiroshi Mikitani, presidente do clube, com a legenda: “Rumo à minha nova casa, com meu amigo”.

Mikitani é também fundador, CEO e presidente da Rakuten, empresa de comércio eletrônico que patrocina o Barcelona, o que pode ter facilitado o contato entre eles. De acordo com a imprensa espanhola, Iniesta assinará contrato por três anos com o novo clube.

No Vissel Kobe, Iniesta jogará ao lado de outro astro do futebol europeu, o alemão Lukas Podolski. Ele também terá a companhia de dois brasileiros: os atacantes Wellington e Leandro.

Imagem espetacular do Camp Nou na despedida de Andrés Iniesta.

Créditos da Foto, Mundo da Bola: Andrés Iniesta é o novo reforço do Vissel Kobe, do Japão.
Por Mark Grassi com informações da AE

Com fluxo de brasileiros no Japão, português é falado nas regiões

O mês ainda é maio, mas a província de Aichi fez no domingo, 20, uma festa junina, com direito a quadrilha e caldo de cana – importado da Tailândia, é verdade. Na região  do Japão, com 53 mil brasileiros, o português é o idioma de fábricas e algumas escolas, pode ser ouvido nas ruas e está até no site oficial de governos locais.

“Abro a janela e vejo brasileiros passando. Aqui tem restaurante, mercado, Banco do Brasil”, diz Thiago Tagawa, de 32 anos, que desde 2017 mora na cidade de Okazaki, em Aichi.

A família de Tagawa dribla as crises com migrações. Em 2000, ele viajou ao Japão para juntar dinheiro, mas voltou ao Brasil em 2009, fugindo da recessão mundial. Oito anos depois, foram os problemas no Brasil que o expulsaram. Além de Tagawa, quatro dos sete irmãos se mudaram recentemente para o país. “E o resto está vindo.”

Apesar de já ter morado no Japão, Tagawa fala pouco japonês, mas diz não sentir muita falta. “Nos parques tem placa em português e há tradutor na prefeitura, nos hospitais”, conta ele, que trabalha de madrugada em uma fábrica de autopeças com outros conterrâneos.

Edson Nishimura, de 40 anos, está no Japão há um ano. “Ouvia comentários de que a empresa em que trabalhava no Brasil estava em falência”, diz. Instalado e empregado, ele elogia a estrutura do país. “Se comparar com os japoneses, o brasileiro é mal educado. Aqui não tem ônibus lotado, as pessoas não jogam cigarro no chão, não atravessam no farol vermelho.” A rotina de trabalho de um estrangeiro, porém, é extenuante. “Entro às 19 horas e saio às 7.”

Em agosto, ele espera receber a mulher e a filha, de 8 anos, que ficaram no Brasil. A dúvida, conta Nishimura, é se colocarão a pequena, que nunca pisou no Japão, em colégio japonês ou brasileiro. Segundo dados do Consulado Geral do Brasil em Tóquio, 32% das crianças e jovens brasileiras em idade escolar têm dificuldade de aprendizado por causa do domínio insuficiente do idioma.

Desafios

Para Guida Suzuki, voluntária na Associação Brasileira de Toyohashi (NPO-ABT), a segunda cidade com mais brasileiros no Japão, o volume de informações “mastigadas” em português desestimula o brasileiro a estudar o idioma local. “O que mais queremos é que eles saibam o mínimo da língua para se virarem sozinhos.” Na NPO-ABT, uma organização não governamental, são oferecidas aulas de japonês a brasileiros.

Por outro lado, explica Guida, os filhos e netos de imigrantes que estão há muitos anos no país sabem pouco da cultura brasileira. Contra isso, cartazes para promover cursos de alfabetização em língua portuguesa na cidade alertam: “Não permita que seus filhos percam suas raízes”. “Estávamos preocupados com a identidade das crianças”, diz Guida.

Por Mark Grassi com informações do Estado de S. Paulo.

Vistos para brasileiros crescem 145% em nova onda de imigração para o Japão

Dados do Ministério das Relações Exteriores do Japão, compilados pelo Consulado Geral do Japão em São Paulo, mostram que, de 2014 a 2016, o número de vistos emitidos para descendentes e seus cônjuges cresceu 145%. Em 2016, último dado disponível, foram 11,5 mil emissões. “Em termos gerais, descendentes de japoneses que pretendem permanecer no Japão a trabalho foram influenciados pela conjuntura econômica”, informou o consulado.

Até agora, o visto que permite trabalho no Japão só é dado aos filhos e netos de japoneses e seus companheiros e dependentes. A partir de julho deste ano, porém, o país deverá permitir a entrada de descendentes da quarta geração, os bisnetos ou yonseis, desde que sejam atendidos alguns critérios, entre eles o domínio básico do idioma. A nova permissão mobiliza jovens a estudarem japonês e pode aumentar ainda mais o fluxo .

Albejunior sabe pouco mais do que o “sayonara” e o “arigato”, mas decidiu se aventurar com a mulher, neta de japoneses, depois que ambos foram demitidos. Formado em Ciências Contábeis, já viajou com trabalho garantido: será operário em uma fábrica de componentes eletrônicos na cidade de Komatsu. Para ele, apesar de desgastante, o regime de trabalho de oito horas diárias mais três horas extras obrigatórias compensa. “Para quem quiser e tiver vontade de trabalhar, não falta emprego no Japão”, diz ele, que receberá US$ 13 (R$ 48,60) por hora.

Agências que fazem a ponte entre descendentes de japoneses e oportunidades no Japão confirmam aumento do interesse de brasileiros pelo país nos últimos anos. O crescimento ocorre após retorno em massa ao Brasil por causa da crise econômica mundial, em 2008. “O mercado japonês deu uma aquecida. A Olimpíada será no Japão, e isso também pode ter causado um aumento da procura”, diz Eduardo Toyama, diretor comercial da agência TGK RH.

Segundo Toyama, fábricas de eletrônicos, autopeças e alimentos são as que mais empregam os brasileiros. Mas, se no início do movimento dos decasséguis, na década de 1990, o motivo da viagem era apenas trabalho, nessa nova onda de migração outros fatores têm pesado. “Muitas pessoas estão correndo daqui também por causa da segurança”, diz Vanessa Matsui, gerente da Ikou Japan, outra agência que presta consultoria para esse tipo de viagem.

Liberdade

Sossego é o que procura Kátia Sakai, de 37 anos. Brasileira e neta de japoneses, Kátia morou no Japão durante a adolescência e o início da vida adulta, teve dois filhos no país e voltou para o Brasil em 2004. Aqui, conheceu o atual marido e montou uma pequena empresa. Agora, quer fechar o negócio para começar de novo no país asiático com o marido e os filhos, hoje com 15 e 17 anos.

“Com o que fazemos aqui, se insistíssemos, conseguiríamos ganhar mais do que no Japão”, diz. Mas a corrupção e a violência desagradam. “No Japão, você anda a hora que quiser na rua, com o celular na mão. Lá, meus filhos vão ter liberdade.” A família, que pretende viajar no fim deste ano, pesquisa vagas em fábricas, organiza a documentação e quer levar até a cachorrinha. “Queremos levantar um dinheiro para montar nosso próprio negócio lá.”

Sheila Sato, de 38 anos, e o marido fizeram o mesmo movimento há dois anos, em prol das filhas. Ela largou a carreira como médica veterinária para que as meninas, de 14 anos, estudassem no Japão. “Para trabalhar aqui você não precisa ser muito inteligente – precisa ser observador. Montamos bancos de carros para uma fábrica da Toyota. Bancos bonitos, por sinal, mas bancos de carros.”

Para Angelo Ishi, professor da Faculdade de Sociologia da Universidade Musashi, em Tóquio, há mudanças na forma como o governo japonês encara a presença de brasileiros no país. Embora precise de mão de obra – a população economicamente ativa do Japão está diminuindo -,”os brasileiros não são mais ‘a bola da vez’, como no início da onda migratória”, diz.

“O custo-benefício de contratar o nikkei (descendente) brasileiro vem decaindo em comparação com o de contratar gente de outros países. A mão de obra asiática está custando menos e compensando mais”, diz Ishi.

Bisnetos

Em março, o Japão anunciou a liberação de vistos para descendentes da quarta geração – os bisnetos – que desejam trabalhar no país. A medida entrará em vigor a partir de julho, mas impõe condições: os pretendentes devem ter entre 18 e 30 anos, domínio básico do idioma (a compreensão de cerca de 1,5 mil palavras) e não poderão ir acompanhados de parentes.

O tempo de permanência será de até um ano, com possibilidade de renovação para cinco. E o número total de certificados, que atestam os critérios necessários para o visto, emitidos no mundo todo será de 4 mil por ano. “A quantidade poderá mudar dependendo de demanda e dos resultados”, informou Takuo Sato, cônsul do Japão em São Paulo.

De olho na possibilidade do visto, o paulista Jezreel Omido, de 27 anos, estuda uma hora por dia e faz curso para tentar decifrar o idioma. “Muitos estão lá e não sabem falar nada. (A exigência) é uma tentativa de consertar esse ‘gap'”, diz o jovem.

Por Mark Grassi com informações do Estado de S. Paulo.

Itamaraty quer ampliar relações com a Ásia

De olho nos estudos que apontam a Ásia como o “centro de gravidade da economia global” daqui a três décadas, o Itamaraty já começou um trabalho mais estruturado para fortalecer as relações com os países da região, para além de parceiros tradicionais como Japão e China. O chanceler Aloysio Nunes faz um giro pelo continente desde o início desta semana. O roteiro inclui China, Coreia do Sul, Indonésia, Japão, Cingapura, Tailândia e Vietnã.

O ponto alto será o lançamento oficial das negociações do acordo Mercosul-Coreia do Sul, no dia 23. A iniciativa, que causa preocupação em segmentos da indústria nacional por causa da perspectiva de maior concorrência com produtos de tecnologia produzidos naquele país, faz parte do esforço do bloco sul-americano em buscar novas parcerias comerciais.

Mas há interesse também nos demais países da região. Só para Cingapura, Indonésia, Tailândia e Vietnã, países que o presidente Michel Temer estaria visitando caso não tivesse desistido por causa de problemas na política interna, o Brasil exportou US$ 8 bilhões no ano passado. Somados, eles seriam o quinto principal parceiro comercial do Brasil, atrás de China, Estados Unidos, Argentina e Holanda, que é o ponto de entrada de produtos para a União Europeia.

Na semana passada, Aloysio autorizou a implantação do Sistema de Planejamento Estratégico das Relações Exteriores (Sisprex). Os diplomatas vão elaborar, até o fim de 2018, um planejamento-piloto usando esse sistema. O trabalho, que tem a Ásia como um dos focos, poderá ser aproveitado pelo próximo governo.

Além de sistematizar o trabalho da pasta, o estabelecimento de metas e resultados responde a questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU), que tem cobrado retornos à sociedade do dinheiro público gasto no Itamaraty. Por ser um trabalho feito nos bastidores, cujos resultados aparecem de forma diluída e no médio e longo prazos, o trabalho dos diplomatas é mais difícil de medir do que, por exemplo, a construção de estradas.

“Muitas vezes, nosso trabalho é evitar problemas”, disse ao Estado o secretário de Planejamento Diplomático, Benoni Belli. Como transformar isso em um indicador de sucesso é um desafio para chancelarias do mundo inteiro.

Por Mark Grassi com informações da AE 

Japão, China e C. do Sul concordam com fim de programa nuclear da C. do Norte

O Japão, a China e a Coreia do Sul concordaram nesta quarta-feira em cooperar para o término do programa nuclear da Coreia do Norte e promover o livre comércio, duas questões importantes que desafiam a região.
Os acordos foram fechados na primeira cúpula dos países em mais de dois anos, cuja reunião contou com a presença do premiê do Japão, Shinzo Abe, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, e o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in.
Abe disse que eles discutiram como eles podem fazer a Coreia do Norte desistir de suas armas, mas ele não forneceu nenhum detalhe. China e Japão, em particular, têm diferenças sobre a melhor maneira de alcançar o desarmamento nuclear da Coreia do Norte.
O vice-chefe de gabinete japonês, Yasutoshi Nishimura, disse que os três líderes também concordaram em trabalhar para dois acordos de livre comércio, um pacto entre eles e uma proposta regional abrangente de economia de parceria com as nações do Sudeste Asiático. O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou os três países com tarifas. Seus movimentos levantaram temores de uma guerra comercial entre os EUA e a China. O premiê da China Li Keqiang disse anteriormente que o livre comércio é uma boa maneira de promover uma recuperação econômica global. “Estamos dispostos a trabalhar com o Japão e a Coreia do Sul para manter conjuntamente estabilidade regional e impulsionar o desenvolvimento dos três países”, disse o líder antes do início da reunião.
Os líderes também concordaram em realizar cúpulas trilaterais regularmente e um secretariado. As cúpulas, que começaram em 2008, devem ser realizadas anualmente.

Abe reiterou a posição do Japão de que normalizaria os laços com a Coreia do Norte somente se Pyongyang tomar medidas concretas para abandonar sua energia nuclear e programas de mísseis e resolver a questão de um japonês sequestrado por agentes norte-coreanos.

Foto: vice-chefe de gabinete japonês, Sr. Yasutoshi Nishimura.  Créditos da foto/ reprodução twitter.com

por Mark Grassi
com informações da Associated Press