Capacete criado na UEM eleva de 70% para 92% saturação de oxigênio em doentes da Covid-19

Em reunião realizada no mês de março, no Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio dos membros do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE), confirmou a efetividade do uso dos capacetes de oxigenação desenvolvidos pela Universidade Estadual de Maringá (UEM).

“Os capacetes têm demonstrado excelentes resultados no enfrentamento da Covid-19. Pacientes com quadros de insuficiência respiratória de média gravidade, com saturação de oxigênio em torno de 70%, obtiveram sensível melhora clínica e da saturação periférica, com aumento de até 92% de saturação”, explica o médico Edson Arpini Miguel, um dos responsáveis pelo projeto.

Os aparelhos asseguram mais conforto aos pacientes, contribuindo para a recuperação em situações de isolamento de coorte (separação de doentes da Covid-19 em uma mesma enfermaria ou área), com redução significativa do tempo de internação e de gastos na saúde.

Na época em que foram lançados, em julho de 2020, para uso nos pacientes do hospital universitário, a superintendente do HUM, Elisabete Mitiko Kobayashi, sinalizou que, diante do momento crítico da pandemia, com a elevação expressiva do número de casos e a quase ocupação total dos leitos, naquele momento, “o dispositivo ajudaria a implementar a recuperação dos pacientes e o tempo de tratamento, proporcionando uma concentração maior de oxigênio disponível para as vítimas de Covid-19 internadas”.

Os equipamentos foram desenvolvidos sob uma perspectiva interdisciplinar e multiprofissional, que aponta para várias linhas de pesquisas, envolvendo profissionais e pesquisadores das áreas de Enfermagem, Fisioterapia e Ciências Biológicas. Com financiamento da Associação dos Amigos do Hospital Universitário (AAHU), os capacetes foram fabricados a um valor inferior aos preços praticados pelo mercado.

Foto: reprodução  site Seti

Com informações da Assessoria e www.seti.pr.gov.br/