Produção industrial cresce em 12 dos 15 locais pesquisados em agosto

De julho para agosto, a produção industrial teve alta em 12 dos 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal Regional, divulgada nesta quinta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo o IBGE, o resultado é reflexo da retomada gradual da produção industrial, após as paralisações no setor por conta da pandemia de covid-19. A produção industrial nacional cresceu 3,2% em agosto, pelo quarto mês consecutivo.

O gerente da pesquisa, Bernardo Almeida, explicou que esse resultado está ligado à reabertura e à flexibilização do isolamento social. “A pesquisa reflete, em grande medida, a ampliação do movimento de retorno à produção de unidades produtivas, após paralisações e interrupções por conta da pandemia”, disse.

O maior aumento foi registrado no Pará (9,8%), terceira taxa positiva consecutiva do estado, acumulando ganho de 18,2% no período. Santa Catarina (6,0%), Ceará (5,7%), Rio Grande do Sul (5,2%), Amazonas (4,9%), São Paulo (4,8%) e Rio de Janeiro (3,3%) também mostraram crescimento acima da média nacional.

No entanto, na comparação com agosto do ano passado, a produção industrial caiu 2,7% em agosto de 2020, sendo constatados resultados negativos em nove dos 15 locais pesquisados. Vale citar que agosto de 2020 (21 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (22).

Espírito Santo (-14,7%) e Paraná (-7,6%) registraram os recuos mais intensos. Bahia (-6,1%), Mato Grosso (-4,4%) e São Paulo (-4,1%) também apresentaram taxas negativas mais acentuadas do que a média nacional (-2,7%), enquanto Pará (-1,8%), Rio Grande do Sul (-1,6%), Santa Catarina (-1,3%) e Minas Gerais (-0,1%) completaram o conjunto de locais com queda na produção no índice mensal de agosto de 2020 nesta comparação.

Por outro lado, Pernambuco (10,0%) apontou o avanço mais acentuado nesse mês, com Ceará (5,3%), Rio de Janeiro (4,0%), Goiás (3,1%), Região Nordeste (2,7%) e Amazonas (0,7%) completando os locais com taxas positivas em agosto.
Foto: REUTERS/Stringer