A Toyota anunciou nesta semana, que contabilizou lucro de 92% nos primeiros três meses deste ano, em relação ao mesmo período de 2020. A atual maior montadora do mundo registrou lucro operacional de 689,8 bilhões de ienes (US$ 6,34 bilhões) no período de janeiro a março, quase duplicando o lucro obtido no primeiro trimestre do ano passado, que foi de 369,9 bilhões de ienes.
De acordo com analistas ouvidos pela agência Bloomberg, a Toyota demonstrou muita eficiência e agilidade para manter suas linhas de produção operando, enquanto as demais montadoras sofrem com a crise dos semicondutores. A rapidez com que a empresa japonesa ajustou sua cadeia de fornecedores e, graças a isso, conseguiu aumentar o ritmo de suas fábricas para atender a crescente demanda por automóveis novos permitiu que a empresa agora desfrute de uma posição privilegiada em relação aos concorrentes – que seguem tendo de reduzir (ou até suspender) suas atividades por falta de chips e de processadores.
LUCRO TAMBÉM NO ANO
A prática da Toyota de monitorar pequenos fornecedores e de estocar componentes considerados essenciais vem permitindo à empresa sair-se bem frente à crise. Tanto que seu desempenho no ano fiscal recém-encerrado (em março) vem sendo considerado brilhante por muitos especialistas. Embora a receita tenha caído – da mesma forma que as vendas, que recuaram 4% –, o lucro líquido aumentou (foi a 2,245 trilhões de ienes, contra 2,036 trilhões no ano anterior), assim como as margens nas operações financeiras, que saltaram de 6,8% para 8,3% em relação ao ano fiscal de 2020.
Com tudo isso, a Toyota tem tudo para seguir obtendo bons resultados no futuro próximo, especialmente na China e nos Estados Unidos, países nos quais os consumidores se sentem encorajados a adquirir carros novos, por conta dos sinais de controle da pandemia. Em março, as vendas globais da Toyota registraram alta de 44%, chegando a quase 1 milhão de veículos (982.912 unidades), o que representa um novo recorde para um único mês.