Nos quatro primeiros meses de 2021, as exportações do agronegócio paulista apresentaram aumento de 11,6%, alcançando US$ 5,66 bilhões, enquanto as importações sofreram redução de 4,3%, totalizando US$ 1,55 bilhão; com esses resultados, obteve-se superávit de US$ 4,11 bilhões, montante 19,1% superior ao mesmo período de 2020, informa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta).
As exportações totais do Estado de São Paulo, no período analisado, também apresentaram alta (+17,3%), somando US$ 15,31 bilhões. Ocorre que as importações registram US$ 21 bilhões, valor 12,4% superior ao verificado em 2020; essa conjunção de desempenhos resultou em um aumento de 0,9% no déficit comercial, que atingiu US$ 5,69 bilhões. Com participação de 37% nas vendas externas, o agronegócio paulista continua sendo fundamental para o equilíbrio das contas paulistas, afirmam José Alberto Angelo, Marli Dias Mascarenhas Oliveira e Carlos Nabil Ghobril, pesquisadores do IEA.
Campeões de Vendas
Os principais grupos nas exportações do agronegócio paulista foram: Complexo Sucroalcooleiro (US$ 1,78 bilhão, sendo que, desse total, o açúcar representou 86,4%, e o álcool, 13,6%), Complexo Soja (US$ 907,13 milhões), Carnes (US$ 719,27 milhões, com a carne bovina respondendo por 87,3%), Sucos (US$ 515,39 milhões, dos quais 97% referentes a sucos de laranja) e Produtos Florestais (US$ 496,13 milhões, com participações de 48,3% de papel e 36,6% de celulose). O agregado destes cinco grupos representou 78,1% das vendas externas setoriais paulistas. O Café, grupo tradicional nas exportações paulistas, aparece na sexta colocação (US$ 239,88 milhões, dos quais 75,6% referentes ao café verde).
Na comparação entre o primeiro quadrimestre de 2021 e o mesmo período do ano anterior, observam-se importantes variações nos valores exportados dos cinco grupos da pauta paulista, com aumentos para os grupos de Complexo Sucroalcooleiro (+37,4%), Carnes (+8%) e Sucos (18,2%), e quedas para Complexo Soja (-9,4%) e Produtos Florestais (-9,7%). Essas variações nas receitas do comércio exterior são derivadas da composição das oscilações tanto de preços como de volumes exportados.