As relações entre o Japão e a Coreia do Sul parecem enfrentar um impasse. Os chanceleres dos dois países basicamente repetiram suas posições a respeito de assuntos espinhosos em um encontro realizado na quinta-feira.
Taro Kono e Kang Kyung-wha se reuniram por cerca de uma hora nos bastidores de encontros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), em Bangkok, na Tailândia.
Funcionários governamentais japoneses disseram que Kono transmitiu uma vez mais a posição de Tóquio a respeito de questões envolvendo o comércio bilateral e o trabalho no período da guerra.
A partir de outubro do ano passado, a Suprema Corte da Coreia do Sul passou a tomar uma série de decisões, ordenando que empresas japonesas indenizem pessoas que alegam ter sido forçadas a trabalhar para elas durante a Segunda Guerra Mundial.
Ativos pertencentes às empresas também foram confiscados e alguns autores de ações judiciais têm iniciado procedimentos legais para vendê-los.
O governo japonês sustenta que a questão do direito de pedir indenização foi resolvida quando um acordo bilateral foi assinado em 1965.
Com base no acordo, Tóquio solicitou a Seul que formasse um painel de arbitragem com a participação de um terceiro país. No entanto, o lado sul-coreano não respondeu.
O chanceler japonês expressou pesar devido à falta de resposta da Coreia do Sul e exigiu que o país corrija a atual situação, que ele descreveu como sendo uma violação do direito internacional.
Os dois ministros discutiram à parte as medidas tomadas pelo Japão para endurecer o controle sobre exportações. Tóquio considera retirar Seul de uma lista de nações que gozam de tratamento preferencial em transações comerciais.
Kang Kyung-wha, por sua vez, exigiu que o lado japonês cancele a medida, ao passo que Taro Kono explicou que ela faz parte de uma revisão de rotina do sistema de controle de exportações do país.
Após a reunião, a chanceler sul-coreana conversou com a imprensa. Ela deu a entender que Seul poderia retaliar, afirmando que a questão exigirá tempo, caso ambos os lados não consigam resolvê-la por meio de negociações.
Com NHK