O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, fez nesta quinta-feira, 26, uma defesa da autonomia da autarquia. Segundo ele, o BC tem hoje autonomia de fato, mas “o que é de fato precisa entrar na lei”.
“Uma vez que a autonomia entrar na lei, há redução do custo Brasil e do prêmio de risco, da taxa de juros. Isso beneficia sociedade”, pontuou Ilan Goldfajn, em entrevista à equipe de comunicação da própria instituição. “Pensamos numa autonomia em nada diferente do resto do mundo. Pensamos em mandato fixo não coincidente”, acrescentou.
O presidente do BC destacou ainda as conquistas de 2017, em especial os resultados macroeconômicos. “Tivemos em 2017 a queda da inflação, a baixa dos juros e a recuperação da economia”, pontuou. “Implementamos a TLP, a reforma trabalhista, a reforma do ensino médio e o teto de gastos.”
Ao tratar da política monetária, Goldfajn lembrou que o Brasil nunca conviveu com taxas de juros baixas. “Para a taxa de juros ficar baixa, a inflação tem que ficar baixa. E para a inflação ficar baixa, precisamos continuar as reformas e os ajustes”, disse. “Se isso acontecer, a economia terá uma mudança importante.”
Ilan abordou ainda a questão dos spreads (a diferença entre a taxa de captação e o que é cobrado do cliente final) no Brasil. Ao explicar os motivos para o spread ser alto no País, ele citou a carga tributária alta, os custos operacionais elevados, as despesas trabalhistas, as garantias insuficientes e os compulsórios altos. “Temos trabalhado em vários aspectos”, acrescentou.
A íntegra da entrevista de Goldfajn está disponível no seguinte link:
Por Mark Grassi com informação do Estadão