Especialistas da emissora pública no Japão respondem às dúvidas de nossos ouvintes sobre o novo coronavírus. Nurdian Syah, ouvinte da Indonésia, pergunta: “o Japão encontrou alguma terapia efetiva na prevenção ou tratamento de infecções pelo coronavírus?”
Resposta: Infelizmente, não há medicamentos que tenham eficácia claramente comprovada contra o coronavírus, como ocorre com o Tamiflu ou Xofluza para o tratamento de influenza. Como em outros países e regiões, médicos no Japão estão tentando tratar os sintomas, colocando, por exemplo, pacientes em respiradores com oxigênio e fornecendo soro intravenoso em caso de desidratação.
Apesar de ainda ser necessário desenvolver uma droga que combata o vírus, médicos no Japão e em todo o mundo estão utilizando medicamentos existentes voltados ao tratamento de outras enfermidades pois eles podem, talvez, funcionar contra o coronavírus.
Um desses remédios é o Avigan, medicamento contra a influenza desenvolvido por uma companhia farmacêutica japonesa há seis anos. Autoridades chinesas afirmam que tal remédio foi eficaz no tratamento de pacientes com o coronavírus.
O Centro Nacional para a Saúde e Medicina Global declarou ter administrado um antiviral utilizado no combate à AIDS a um paciente infectado pelo coronavírus. Segundo funcionários da instituição japonesa, a febre do paciente foi controlada e houve melhoras na fadiga e na respiração.
A busca por terapias eficazes está sendo empreendida em diversos países. Um grupo contando com pesquisadores do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos afirma ter utilizado um medicamento antiviral desenvolvido para o tratamento de Ebola em um homem que tinha pneumonia em decorrência do coronavírus. Segundo os pesquisadores, os sintomas do paciente começaram a melhorar no dia seguinte à utilização do medicamento e ele foi retirado dos respiradores, com sua febre baixando.
O ministério da Saúde da Tailândia afirmou que uma combinação de medicamentos usados nos tratamentos de influenza e AIDS levou à melhora das condições de um paciente. Mais tarde ele foi declarado como curado.
Apesar disso, especialistas afirmam que, em todos os casos, maiores estudos clínicos são necessários para determinar a segurança e eficácia dos medicamentos.
Os dados aqui apresentados são de 25 de março.
Com NHK