A confiança do setor industrial brasileiro melhorou em janeiro em relação a dezembro, revela o Índice de Confiança da Indústria (ICI) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Houve alta de 2,6 pontos do indicador no período, atingindo 98,2 pontos, representando a segunda elevação consecutiva, após ligeira expansão de 0,2 ponto em dezembro.
“A percepção sobre a situação atual dos negócios continuou evoluindo lentamente, sob influência de um ritmo fraco de atividade, como comprova a queda do Nível de Utilização da Capacidade no mês”, diz o superintendente de Estatísticas Públicas da FGV, Aloisio Campelo Jr. De fato, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) recuou 0,5 ponto porcentual em janeiro, para 74,3%, atingindo o menor nível desde setembro de 2017 (74,0%).
“Ainda assim, o setor industrial dá sinais de esperar uma retomada nos próximos meses, após a expressiva desaceleração do segundo semestre do ano passado. As expectativas avançaram bem em janeiro, com melhores previsões para a produção e o emprego no horizonte de três meses e otimismo com relação à evolução do ambiente de negócios no horizonte de seis meses”, explica o pesquisador.
Entre os componentes da Sondagem, o Índice da Situação Atual (ISA) avançou 1,0 ponto, para 97,0 pontos, na terceira alta consecutiva. Já em relação à situação da demanda atual, o indicador subiu 1,6 ponto, para 96,3 pontos, exercendo a maior influência para o avanço do ISA em janeiro.
“A parcela das empresas que o avaliam como forte subiu de 11,4% para 14,2% no mês, enquanto a proporção das que o avaliam como fraco caiu de 18,1% para 17,7% do total”, diz o Ibre em nota.
Já em relação às expectativas futuras, o Índice de Expectativas (IE) avançou 4,3 pontos, atingindo 99,5 pontos, o maior nível desde agosto de 2017 (100,6 pontos). Como maior fator de influência, o indicador que mede o ímpeto dos industriais em contratar nos próximos três meses avançou 6,3 pontos, para 97,1 pontos, o maior nível desde junho de 2017 (101,2 pontos). A parcela de empresas que preveem aumento do total de pessoal ocupado subiu de 12,9% para 19,8% entre dezembro e janeiro, enquanto a das que projetam diminuição recuou de 17,3% para 15,2% do total”, aponta o Ibre/FGV.
Com informações do DI&C