Itamaraty quer ampliar relações com a Ásia

De olho nos estudos que apontam a Ásia como o “centro de gravidade da economia global” daqui a três décadas, o Itamaraty já começou um trabalho mais estruturado para fortalecer as relações com os países da região, para além de parceiros tradicionais como Japão e China. O chanceler Aloysio Nunes faz um giro pelo continente desde o início desta semana. O roteiro inclui China, Coreia do Sul, Indonésia, Japão, Cingapura, Tailândia e Vietnã.

O ponto alto será o lançamento oficial das negociações do acordo Mercosul-Coreia do Sul, no dia 23. A iniciativa, que causa preocupação em segmentos da indústria nacional por causa da perspectiva de maior concorrência com produtos de tecnologia produzidos naquele país, faz parte do esforço do bloco sul-americano em buscar novas parcerias comerciais.

Mas há interesse também nos demais países da região. Só para Cingapura, Indonésia, Tailândia e Vietnã, países que o presidente Michel Temer estaria visitando caso não tivesse desistido por causa de problemas na política interna, o Brasil exportou US$ 8 bilhões no ano passado. Somados, eles seriam o quinto principal parceiro comercial do Brasil, atrás de China, Estados Unidos, Argentina e Holanda, que é o ponto de entrada de produtos para a União Europeia.

Na semana passada, Aloysio autorizou a implantação do Sistema de Planejamento Estratégico das Relações Exteriores (Sisprex). Os diplomatas vão elaborar, até o fim de 2018, um planejamento-piloto usando esse sistema. O trabalho, que tem a Ásia como um dos focos, poderá ser aproveitado pelo próximo governo.

Além de sistematizar o trabalho da pasta, o estabelecimento de metas e resultados responde a questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU), que tem cobrado retornos à sociedade do dinheiro público gasto no Itamaraty. Por ser um trabalho feito nos bastidores, cujos resultados aparecem de forma diluída e no médio e longo prazos, o trabalho dos diplomatas é mais difícil de medir do que, por exemplo, a construção de estradas.

“Muitas vezes, nosso trabalho é evitar problemas”, disse ao Estado o secretário de Planejamento Diplomático, Benoni Belli. Como transformar isso em um indicador de sucesso é um desafio para chancelarias do mundo inteiro.

Por Mark Grassi com informações da AE 

Japão, China e C. do Sul concordam com fim de programa nuclear da C. do Norte

O Japão, a China e a Coreia do Sul concordaram nesta quarta-feira em cooperar para o término do programa nuclear da Coreia do Norte e promover o livre comércio, duas questões importantes que desafiam a região.
Os acordos foram fechados na primeira cúpula dos países em mais de dois anos, cuja reunião contou com a presença do premiê do Japão, Shinzo Abe, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, e o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in.
Abe disse que eles discutiram como eles podem fazer a Coreia do Norte desistir de suas armas, mas ele não forneceu nenhum detalhe. China e Japão, em particular, têm diferenças sobre a melhor maneira de alcançar o desarmamento nuclear da Coreia do Norte.
O vice-chefe de gabinete japonês, Yasutoshi Nishimura, disse que os três líderes também concordaram em trabalhar para dois acordos de livre comércio, um pacto entre eles e uma proposta regional abrangente de economia de parceria com as nações do Sudeste Asiático. O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou os três países com tarifas. Seus movimentos levantaram temores de uma guerra comercial entre os EUA e a China. O premiê da China Li Keqiang disse anteriormente que o livre comércio é uma boa maneira de promover uma recuperação econômica global. “Estamos dispostos a trabalhar com o Japão e a Coreia do Sul para manter conjuntamente estabilidade regional e impulsionar o desenvolvimento dos três países”, disse o líder antes do início da reunião.
Os líderes também concordaram em realizar cúpulas trilaterais regularmente e um secretariado. As cúpulas, que começaram em 2008, devem ser realizadas anualmente.

Abe reiterou a posição do Japão de que normalizaria os laços com a Coreia do Norte somente se Pyongyang tomar medidas concretas para abandonar sua energia nuclear e programas de mísseis e resolver a questão de um japonês sequestrado por agentes norte-coreanos.

Foto: vice-chefe de gabinete japonês, Sr. Yasutoshi Nishimura.  Créditos da foto/ reprodução twitter.com

por Mark Grassi
com informações da Associated Press

Seleção do Japão na Copa América 2019

A Conmebol confirmou na sexta-feira que a Copa América de 2019, a ser disputada no Brasil, terá as participações do Japão e do Catar, que sediará a Copa do Mundo de 2022. As duas equipes vão se juntar às dez seleções sul-americanas: Brasil, Uruguai, Argentina, Colômbia, Peru, Chile, Paraguai, Equador, Bolívia e Venezuela.

O Japão volta a integrar o torneio após 20 anos. Segundo a Conmebol, a presença das duas seleções foi aprovada pela Confederação Asiática de Futebol.

“Além de contar com a presença das seleções nacionais que são membros da nossa entidade, daremos às boas-vindas à seleção do Japão, com cuja federação nos unimos num vínculo de amizade e bom relacionamento”, afirmou Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol. A Copa América será disputada em solo brasileiro entre junho e julho do próximo ano.

Por Mark Grassi

Jaime Lerner é eleito 2º maior urbanista do Mundo

Uma lista dos 100 urbanistas mais influentes de todos os tempos, organizada pela revista norte-americana Planetizen, concedeu ao Brasil a medalha de prata: Jaime Lerner aparece como segundo colocado — o único do país a figurar a lista.

O primeiro lugar foi concedido à norte-americana Jane Jacobs, urbanista famosa por ter escrito o livro“Morte e vida das grandes cidades”, que redefiniu a forma com que se estudava o urbanismo e se via o avanço modernista nas cidades na década de 1960. Arquiteto, Prefeito de Curitiba e Governador Paraná, Jaime participou com o vice-governador de Hyogo, Kazuyuki Imai, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, o fundador e presidente da CCIBJ do Paraná, Antônio Ueno,  da inauguração do denominado “Palácio Hyogo” em 1996.

Leia aqui.

Por Mark Grassi
Foto: Reprodução da internet

 

Viagens nos feriados de maio devem injetar R$ 9 bilhões na economia

Maio será o mês de 2018 que deve favorecer o maior número de viagens de brasileiros pelo país. Segundo estimativas do Ministério do Turismo, o período que se inicia semana que vem será o mais lucrativo nesse quesito, injetando R$ 9 bilhões na economia brasileira durante as cerca de 4,5 milhões de viagens.

O motivo são os dois feriados que ocorrem no início e no fim do mês. Para abrir o ciclo, será comemorado o Dia do Trabalhador na próxima terça-feira (1º). A possibilidade de os brasileiros enforcarem a segunda-feira (30) e transformarem a data em um feriadão foi levada em conta na pesquisa.

Quatro semanas depois, para fechar a expectativa de longas viagens, será a vez do feriado de Corpus Christi (31 de maio), que sempre cai numa quinta-feira.

O levantamento indica que o número de viagens em maio deve superar as que serão feitas durante novembro, quando também haverá dois feriados prolongados (Finados e Proclamação da República).

De acordo com o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, as datas são importantes para incentivar os turistas a conhecerem novos destinos dentro do Brasil e favorecer a economia local. “O valor que será arrecadado comprova que as datas devem ser aproveitadas para ampliar o faturamento no turismo e impactar outras áreas de comércio como transportes e alimentação”, afirmou.

Foto: Praça do Japão

Construída em homenagem aos imigrantes japoneses e inspirada nos clássicos jardins orientais, a praça abriga a Casa da Cultura – biblioteca de literatura nipo-brasileira – e uma loja de artesanato. Nelas ocorrem aulas de meditação e origami, entre outras atividades. Endereço: Av. Sete de Setembro, s/n.

 

Por Mark Grassi com informações do Ministério do Turismo e FGV

Japão encontrou acervo de minerais que pode suprir o mundo por muito tempo

Dezesseis milhões de toneladas de metais valiosos foram encontrados em um depósito na Ilha de Minamitorishima, localizada no Oceano Pacífico e pertencente ao território japonês. A descoberta, realizada por pesquisadores de universidades e centros de pesquisa de Tóquio, está documentada em estudo publicado no periódico científico Nature. Segundo os autores do estudo, a quantidade de matéria encontrada no depósito é o suficiente para fornecer esses metais para todo o mundo por muito tempo.

Os materiais encontrados pertencem à classificação de minerais de terras raras, matéria-prima essencial para a fabricação de baterias de smartphones e de veículos movidos à eletricidade.

O título “terras-raras” é uma referência à sua composição, que pode conter um ou mais dos 17 metais de terras raras, localizados na penúltima linha da tabela periódica, ao lado esquerdo.

Esses elementos são abundantes na crosta terrestre, porém, na maior parte das vezes, estão dispersos, e não agrupados, o que torna difícil a extração. Atualmente, há poucas áreas viáveis economicamente onde possam ser minerados – ação que, na maior parte das vezes, custa caro.

A China é um dos países que mais detém esses minerais e que abastece o restante do mundo – inclusive para o Japão, seu vizinho, e um dos maiores produtores de eletrônicos do globo. É por isso que esses minerais encontrados na Ilha de Minamitorishima podem alterar as atuais relações econômicas globais.

De acordo com os autores do estudo, há minerais suficiente para atender a demanda global. Por exemplo, há ítrio para cerca de 780 anos, disprósio para 730 anos, európio para 620 anos e térbio para 420 anos.

“Essa é uma mudança de panorama para o Japão”, afirmou porta-voz de companhia de pesquisa de mercado ao jornal The Wall Street Journal. “A corrida para desenvolver os recursos necessários para minerar já estão acontecendo.”

O Japão iniciou uma busca por seus próprios depósitos de minerais de terras raras depois que o país e a China travaram uma disputa por ilhas em que ambas as nações reivindicavam como suas, em 2014.

Talvez essa descoberta seja o primeiro passo para a autossuficiência japonesa. Por enquanto, os pesquisadores do país estão estudando as melhores alternativas para extrair esses minerais encontrados, já que essa ação tem um custo elevado.

Minerais de terras raras
Eles são formados a partir da atividade de vulcões e acredita-se que também tenham surgido a partir de explosões de supernova antes de a Terra ser originada.

Após o Big Bang, quando a Terra foi formada, os minerais foram incorporados às mais profundas porções do manto terrestre, uma camada de rocha que fica abaixo da crosta.

Devido aos movimentos tectônicos, partes do manto (e, portanto, dos minerais de terra rara) emergiram até a superfície.

Com info www.sciencealert.com


Por Mark Grassi
twitter.com/markgrasi

Ricardo Soavinski assume a presidência da Sanepar

A governadora Cida Borghetti indicou Ricardo Soavinski para a presidência da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). O anúncio foi feito na segunda-feira (23), no Palácio Iguaçu. “Ricardo Soavinski é um profissional altamente capacitado, que vai manter, e ampliar, o excelente trabalho que vem sendo executado pela Sanepar e seu competente quadro técnico ao longo dos últimos anos”, afirmou a governadora. Soavinski estava na presidência do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), entidade ligada ao Ministério do Meio Ambiente. Ele foi secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná entre 2015 e 2016.

Também ocupou o cargo de secretário nacional de recursos hídricos e ambiente urbano do Ministério do Meio Ambiente. “É uma honra receber a indicação da governadora Cida Borghetti para presidir a Sanepar, uma das melhores empresas do setor no país”, disse o novo presidente. “O foco será a busca contínua da excelência na gestão e nos resultados. Temos o dever de atender cada vez melhor a população com os devidos cuidados com o meio ambiente, principalmente no que diz respeito os recursos hídricos”, afirmou Soavinski, ao destacar que também seguirá fortalecendo os projetos de melhoria de gestão em curso na Sanepar. Paranaense de Maringá, Ricardo Soavinski graduou-se em Oceanografia pela Universidade Federal do Rio Grande (Furg), no Rio Grande do Sul, em 1986. A indicação da governadora Cida Borghetti passará, ainda esta semana, pela avaliação dos órgãos de governança da Sanepar. 

Em 1 de março, foi realizado na Sede da SANEPAR a reunião presidida pelo Ex Presidente Monir Chaowiche e equipe Glauco Requião, Diretor de Meio Ambiente e Ação Social, Antonio Carlos Geraldi, Gerente Geral Metropolitano e Litoral da SANEPAR, Representando o Estado do Paraná  com objetivo da Sanepar assumir o Parque da Imigração Japonesa, e reconstituir o projeto do Parque para a comemoração dos 110 anos de Imigração Japonesa no Brasil.